Caracterização
A formação remota dos espíritos iniciadores do movimento espírita permite uma lacuna, que não poderemos deixar de preenchermo-la.
Os fatos que hoje presenciamos, foram pôr eles de uma forma empírica abordada, e pôr si só evidenciavam a realidade e como espíritos missionários e de uma hierarquia acima dos que predominava na época, isso bastava.
Mas, daí, a uma época em que a tecnologia avança e toma um vulto tal que até os homens surpreendem-se, esses fatos não poderão ser tomados simplesmente da perseverança pôr parte de alguns grupos mais ou menos esclarecidos e da aquiescência de um plano que estabelece esses fatos.
Um dos mais evidentes postulados básicos é de que os fenômenos espíritas provam à existência de um mundo extracorpóreo. Em conseqüência combatem as doutrinas materialistas.
A caracterização (fenomenologia espírita) é de suma importância, os fatos esporádicos pôr si só, poderiam levar-nos a uma compreensão razoável, mas unicamente aqueles, que intuitivamente o pudessem aquilatar, o que não aconteceria com todos indistintamente.
A caracterização, não só induz a uma determinação maior de averiguação, como também contribui para propagar as verdades que condiciona. Não podemos esquecer que está arraigado a um princípio, que desde os tempos primitivos o homem tenta pôr sorve-lo, princípio que o limita e o enquadra na harmonia exuberante que seu mundo o permite.
Fita a imensidão cósmica interrogando-a de tantas formas e maneiras, só recebendo como resposta uma força viva e inteligente que o governa e o determina.
As relações dos Espíritos com os homens sempre existiram.
Os fatos espíritas confirmam o prosseguimento da vida além do tumulo e a universalidade das manifestações espiritas e a prova exuberante desses fatos, que como premissas de graças, são concedidos a toda a humanidade de todos os tempos, pelo Supremo Espírito do Universo
É, talvez aí, a fase, que mais apegamo-nos as convicções cientificas e religiosas, aquela em que o raciocínio faz-se prevalecer.
Constatando o interesse verificado ligado a essas manifestações, parecendo mesmo que a ânsia popular envolta em seus descomedidos desvarios, implora a esses fatos um meio de minimizar o seu continuo sofrer nas lutas acirradas da materialidade.
É o que Allan Kardec nos diz em o Livro “O que é o Espiritismo”: o Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como suas relações com o mundo corporal.
E, ainda acrescenta, que do mesmo modo que o microscópio nos desvendou o mundo dos infinitamente pequenos e o telescópio nos mostra milhões de mundos que ignorávamos, “as comunicações espíritas nos revelam o mundo invisível que nos cerca, nos acotovela constantemente e toma parte em tudo que fazemos”.
Allan Kardec no “Livro dos Espíritos” pergunta se os Espíritos influenciam em nossos pensamentos e nossas ações, e eles respondem: “Nesse sentido a sua influencia é maior do que supondes, porque muito freqüentemente são eles que vos dirigem.”.
O denodo, o entusiasmo presente nas ocasiões de lucidez espiritual é bem normal.
Os fenômenos espíritas acontecem desde os primórdios da humanidade.
Como nas Escrituras Sagradas, dissecada, lida, relida, trazem em seus relatos, fatos, como os atuais, utilizando-se dos mesmos meios, as características são as mesmas, até mais sofisticadas e aprimoradas.
Existem relatos mediúnicos envolvendo Jesus, os apóstolos e antes deles Moisés.
Portanto as caracterizações não foram inventadas por Allan Kardec, mas pesquisados por outros vários pesquisadores.
A caracterização (fenômenos espíritas) a capacidade de entrarmos em sintonia com os espíritos, manifesta-se em todas as pessoas, só que em graus variados.
Desde o mais subjetivo, como o mais ostensivo no caso de Chico Xavier.
As manifestações dos Espíritos é universalista. Elas têm se produzido em todos os tempos , em todos os lugares, dentre todas as classes sociais, das mais infimas do povo às mais nobres.
Sabemos que tribos antiqüíssimas produziam fenômenos de efeitos físicos e os pajés entravam em transe mediúnico durante certos rituais de pajelança, assim como na antiga Grécia existiam as pitonisas e o famoso Oráculo de Delfos.
Porque tudo isso se manifestava e se manifesta?
É a bondade do Pai Eterno, que particulariza e prestigia determinadas criaturas?
Não! Está em todos os homens, cabe a cada um ser fiel do amor de Deus, estudando sempre e aprimorando seus sentimentos em favor dos homens.
È uma faculdade humana, que não tem nada a ver com crença religiosa ou filosófica, encontrada em bilhões de pessoas, independentemente da crença que professam.
Não importa se é um cristão, ateu, budista, muçulmano, judeu, ou seja, lá o que for. Se a pessoa tem a faculdade, tem mesmo e não adiante fugir disso.
A ciência espírita é a chave, que nos informa das anomalias que as comunicações apresentam, esclarecendo-nos quanto às desigualdades intelectuais e morais dos Espíritos.
Conhecendo o grau de superioridade ou inferioridade dos Espíritos com quem nos comunicamos, poderemos saber o grau de confiança e de estima que eles nos mereçam.
Ao receber informações de médiuns sobre qualquer assunto, vale sempre considerar o grau de moralidade e confiança que tais médiuns inspiram. Ao mesmo tempo o Espírito que transmite a informação também deve ser considerado pelo mesmo prisma.
Pretensos médiuns, exploradores e mal intencionados, dirigidos também por falsos orientadores espirituais, abusam da credulidade humana com verdadeiros espetáculos que ridicularizam a fé e a seriedade das comunicações com os Espíritos que visam ajudar os homens.
Entendem a Doutrina Espírita de maneira equivocada, confundindo-a com uma serie de maluquices, que fazem por aí, sob a argumentação de que estão trabalhando com Espíritos que se comunicam.
A filosofia salienta de modo irrepreensivel todos os fatos e manifestaçlões que se arrimam na verdade e classifica sem valor, fatos e teorias de origem puramente especulativas. Todo o princípio que se generaliza, fato que se generaliza, são principios e fatos verdadeiros.
O esclarecimento ao final de certo burilamento interior, para aqueles que não se preocupam em estudar o assunto, não raro encontra-nos com o que de mais sóbrio o mundo pode dispor-se......... Colocadas na rigorosidade como foram tratadas as referencias ao espírito, aludidas há milênios, defronta-nos com responsabilidades de alto teor evangélico.
O bom ou mau uso desta faculdade depende dos valores morais de cada um, como tudo na vida.