FENOMENOS ESPÍRITAS, ESPIRITUAIS........E COMO FICA A RELIGIÃO? - Crônica....por Louren Junior....coordenação Espírito Matias Albuqueruqe
FENOMENOS ESPIRITAS, ESPIRITUAIS....E COMO FICA A RELIGIÃO? – Crônica.....por Louren Junior....coordenação Espírito Matias Albuquerque.
- Quando alguém lhe perguntar: QUAL O FUTURO DAS RELIGIÕES E SE A DOUTRINA ESPIRITA É RELIGIÃO. VOCÊ PODE RESPONDER COM CERTEZA: “A DOUTRINA ESPIRITA É O FUTURO DAS RELIGIÕES.” ....parafraseando Leon Deni
A Doutrina espírita tem três aspectos: Ciência, Filosofia e Religião. Onde utilizamos os dois primeiros para concluir o terceiro, ou seja, nos baseamos na razão para formar a nossa religião.
Somos cristãos, cremos em Jesus e seguimos os seus ensinamentos. Mas não cremos ser Jesus o próprio Deus, nem aceitamos que sua morte tenha lavado os nossos pecados. Acreditamos que Jesus foi o espírito mais superior que nasceu na Terra e tinha a missão de nos mostrar as leis divinas, e que somente seguindo estes ensinamentos poderemos evoluir e ser feliz. Utilizamos a Bíblia para estudos mas não cremos ser a palavra de Deus por conter coisas relacionadas a Deus que não condizem com os ensinamentos de Jesus. A Bíblia foi escrita por homens e por isso possui muitas falhas. É importante pois contem os ensinamentos de Jesus. No espiritismo não há pecados, aprendemos o que é certo e errado e temos a livre escolha, mas sabendo que escolher o mal receberemos de volta o mal, e fazendo o bem receberemos de volta o bem.
Por isso, todo espírita busca a prática do bem como Jesus nos ensinou. Não cremos nos céu e no inferno conforme as demais religiões cristãs, acreditamos que o ninguém sofrerá eternamente e que Deus nos dá novas oportunidades de acertar e evoluir. Pois Deus é Amoroso e criou todos os seus filhos para serem felizes. Existem lugares no plano espiritual que as pessoas ruins vão, mas não eternamente, ficam lá o tempo necessário para receberem auxílio. Os santos católicos são espíritos superiores que vieram em missão na Terra, mas como todos nós, não foram criados já superiores, mas foram evoluindo vida a vida conforme a lei da reencarnação. Alma gêmea não existe, somos únicos. O que acontece é que temos maior afinidade com certas pessoas, por estarmos o mesmo nível vibratório. Isso acontece muito, não só no amor, mas na amizade também.
Viagem astral é na verdade um desdobramento, ou seja, o espírito sai momentaneamente do corpo físico sem perder o laço. Isso fazemos todas as noites quando dormimos. Num processo de viagem astral a pessoa tenta ter a consciência do que faz neste processo e preservar esta consciência quando retorna. A doutrina espírita busca a reforma de nossos atos, se baseando na moral ensinada por Cristo. Um verdadeiro espírita não é aquele que busca fenômenos mediúnicos, mas sim aquele que se preocupa em ter uma moral equilibrada.
VAMOS EXEMPLIFICAR; Analisemos a caridade, por exemplo, tão difundida pela Doutrina Espírita. Pela ótica espírita, a caridade tem um fim educativo, a medida que ajuda o próximo, você vai igualmente sendo ajudado em vários aspectos. Isso pode ser observado no seu próprio comportamento. Toda vez que utilizar o seu tempo ocioso em algo útil. Desenvolver a paciência e a tolerância diante da incompreensão de outros. No contato com o sofrimento alheio, você aprende a suportar os seus. Você se humaniza mais vendo pessoas tão bondosas sofrendo com resignação ai a piedade lhe toma. A valorização da vida, da saúde e do pouco conforto que porventura tenhas. Desenvolvimento da humildade sufocando o orgulho. Entenda a virtude também se desenvolve pela prática. Nada vem por mera contemplação. Desse modo meu amigo, os Espíritos foram sábios ao orientarem a prática da caridade, por saber que somos os maiores beneficiados.
“Afinal, fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas”
Em contra partida: Fenômenos mediúnicos serão sempre motivos de experimentação e de estudo, tanto favorecendo a convicção, quanto nutrindo a polêmica, mas educação evangélica e exemplo em serviço, definição e atitude, são forças morais irremovíveis da orientação e da lógica, que resistem à dúvida em qualquer parte. - Emmanuel
VAMOS AO QUE DIZ ALLAN KARDEC; Quando criou a expressão “espírita”, Kardec a utilizou em dois contextos: em um mais amplo, utilizava-a para identificar a manifestação dos espíritos e, em um mais restrito, para identificar o seguidor da doutrina espírita. No sentido mais amplo, Kardec classificou as famosas “mesas girantes” ou “mesas falantes”, fatos que chamou a atenção da comunidade européia do século XIX como manifestações espíritas e também escreveu um texto pouco conhecido chamado “o espiritismo entre os druidas” (Os Espíritas acreditam que Allan Kardec foi uma reencarnação como Druida), onde comenta as manifestações de espíritos entre esse povo primitivo da Gália. Hoje em dia, porém, com o fato do espiritismo ter se transformando, no Brasil, em religião (idéia que Kardec não compartilhava, pois via o espiritismo como ciência experimental), a expressão espírita perdeu seu contexto original mais amplo e passou a ser utilizada para identificar o seguidor da religião espírita. Essa mudança de significado gerou confusões hermenêuticas no meio espiritualista.
Citaremos um exemplo. Uma técnica de tratamento espiritual como a Apometria que, numa interpretação kardequiana, poderia ser chamada de manifestação espírita, como Kardec se referiu às “mesas girantes”, aqui no Brasil gera enormes discussões para se saber se ela é uma prática espírita ou não. Aqueles que pensam o espiritismo como religião não a aceitam como uma “prática espírita”, apesar da manifestação dos espíritos. Aqueles que pensam com olhar científico, na linha proposta por Kardec, afirmam que a Apometria é uma prática espírita, como também o foram as “mesas falantes”. Como o problema é apenas linguístico, basta abandonar o primeiro contexto da expressão “espírita” criada por Kardec e utilizar, em seu lugar, a expressão “espiritual”. O problema todo se resolve.
Assim, a Apometria passa a ser um fenômeno espiritual, não importando se é espírita (religião) ou não. Assim, abandonando o contexto mais amplo da palavra espírita, restringindo-a somente para a identificação do seguidor ou do fiel da religião espírita, muito tempo deixa de ser perdido em discussões estéreis e cada um segue seu caminho em paz.
O religioso faz sua pregação doutrinária tranquilamente e o pesquisador das manifestações espirituais faz suas pesquisas com mais segurança, preocupando-se apenas com métodos e heurísticas, sem ter que prestar contas para o patrulhamento religioso.