Entrevista José Roberto Gennari......................por Louren Junior

25/03/2012 14:38

Entrevista José Roberto Gennari

 

Entrevista  com José Roberto Gennari...................por Louren Junior

 

 

 

                                                         

 A Doutrina Espírita especifica a relação.

Cristãos e muçulmanos falam a mesma lingua!

 

Entrevistado.............. José Roberto Gennari      

 

Médium e orador espírita teve o Espiritismo como formação religiosa de berço. Desempenha as funções de expositor de Doutrina Espírita  na área de Ensino do Centro Espírita Nosso Lar-Casas André Luiz, unidade de Santana, desde 1978.

Trabalhador na área espiritual e expositor de tribuna no Centro Espírita Casa do Caminho Santana.

Palestrante convidado de diversos Centros Espíritas da Zona Norte de São Paulo.

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“É chegado o momento de se buscar um novo paradigma, que realmente propicie um padrão de civilização que se harmonize com a realidade da transformação humana.”

                                  Espirito Matias Albuquerque

 

Louren Junior,

 

National Geographics em matéria muito interessante, fala do gigantesco avanço e crescimento do Islamismo e ao mesmo tempo identifica-se um considerável desinteresse pelo cristianismo.

Estudos levam a crer que em 2050 esse avanço chegará à França, Alemanha e vários países da Europa inclusive o Brasil.

O que está determinando esse comportamento?

 

José Roberto,

Sua observação é correta: A religião muçulmana tem crescido muito nos últimos anos (atualmente é a segunda maior do mundo com cerca de 1,6 bilhões de adeptos) e está presente em todos os continentes. A maior parte de seus seguidores encontra-se nos países árabes do Oriente Médio e do norte da África.  Como comparação, o mundo conta com aproximadamente 2,2 bilhões cristãos de todos os segmentos religiosos, sendo destes, 1,7 bilhões católicos. Pelos cálculos, dentro de pouco tempo o numero de islâmicos no mundo superará o catolicismo.

O Islamismo é uma religião extremamente disciplinadora quanto aos costumes, comportamento e hábitos. Comparando-se o mundo ocidental com o oriental, poderemos concluir que o crescimento populacional  se dará de forma mais expressiva no oriente, que detém mais da metade da população mundial. Só a Índia, onde o Islamismo representa 11% das religiões praticadas, tem hoje 1,21 bilhões de habitantes, tendo crescido 181 milhões (uma população equivalente a do Brasil) nos últimos 10 anos. Isto sem contar com a  China, onde não há estatísticas religiosas exatas e o mundo árabe, com quase toda totalidade Islâmica. A Turquia, por exemplo, conta hoje com cerca de 80 milhões de habitantes, sendo 97% Islâmicos. No ocidente, como na França, Alemanha e Bélgica pela imigração de turcos, argelinos e árabes em geral, o islamismo tem ocupado um lugar cada vez mais expressivo. Mesmo nos Estados Unidos, um país predominantemente cristão, esta religião tem adquirido adeptos. Acresce o fato de que a o islâmico encara a religião como fator preponderante da educação. Desta forma, enquanto no mundo ocidental, na maioria dos casos as famílias encaram a religiosidade como fator secundário, ou simplesmente um fator social, deixando que os filhos façam suas escolhas quando adultos, no Islamismo a criança já é educada nestes valores desde a tenra idade.

 

Louren Junior

 

Numa análise mais criteriosa o “Alcorão” O Livro Sagrado dos Muçulmanos o seu conteúdo assemelha-se muito com o Evangelho de Jesus. No ano 612 DC (depois de Jesus) ele recebe as primeiras revelações do Anjo Gabriel.

Dois de seus ditos: ”Deus não tem misericórdia, daqueles que não tem misericórdia dos outros.”

"Ninguém de vós crê realmente antes de desejar ao seu irmão o que deseja a si próprio"

.... Existe (Identifica-se) uma relação palpável entre os ensinamentos?

 

José Roberto,

O Corão ou Alcorão, cujo significado é “Recitação” é o único Livro Sagrado que foi escrito em vida por 10 homens “santos”, ou os escreventes, escolhidos pelo Profeta Maomé, no século 6 da era cristã , que o ditou aos mesmos (por ser analfabeto) e segundo o Islã, revelado à ele pelo Anjo Gabriel, pois estes ensinamentos já se existiam no Paraíso. Maomé, ou Mohammed era conhecedor dos outras doutrinas, seguindo a mesma linha de amor, fraternidade, justiça e valores morais. Esta sempre foi a intenção do Profeta. Tanto que as 114 Suras não obedecem uma ordem cronológica, tratando de transmitir ensinamentos e não narrativas, como ocorre nos Evangelhos ou na Bíblia. Por outro lado, olhando pelo ângulo da Doutrina Espírita, seria uma falta total de entendimento não considerar Maomé como sendo um espírito escolhido para reunir um povo sob a égide de uma doutrina, que conduz ao respeito pelo Criador, aos valores morais e ao amor fraterno.

 

Louren Junior,

 

No “Alcorão” os muçulmanos respeitam e veneram Jesus Cristo reafirmam seu nascimento milagroso e suas habilidades miraculosas, diz:

 “Ó Maria, por certo que Deus te anuncia o Seu Verbo, cujo nome será o Messias, Jesus, filho de Maria, nobre neste mundo e no outro, e que se contará entre os diletos de Deus.”(Alcorão 3:42; 45).

 

Complementando:

Ademais, sua mãe Maria é considerada como uma das mulheres mais puras e especial de toda a criação. Como o Alcorão diz:
“Recorda-te de quando os anjos disseram: 
Ó Maria, é certo que Deus te elegeu e te purificou, e te preferiu a todas as mulheres da humanidade!

(Alcorão 3:42; 45).

Até aquí parece-nos que estamos no camino certo?

 

José Roberto,

Sim. Os ensinamentos do Alcorão englobam muitas personagens bíblicas do judaísmo e do cristianismo, como AdãoNoéAbraãoMoisésJesusMaria, mãe de Jesus e João Batista .

 

 Louren Junior

 

Vamos mais além!

No ano 612 como foi dito o Profeta Maomé começa a receber as revelações do Anjo Gabriel. Intermédiário entre o Deus muçulmano Alá e o profeta

Em sua cidade natal combate a “crença” em varios deuses e é hostilizado.

Até aquí alguma divergencia?

 

José Roberto,

Não há divergencias, pelo contrario, como já disse, existem muitos fatorem convergentes com o Cristianismo e até com o judaismo, senão vejamos:

 

Os muçulmanos resumem a sua doutrina em seis artigos de fé:

 

1. Crença em Deus Único: Alá(Deus) é único, eterno, criador e soberano;

 

2. A crença nos anjos;

 

3. A crença nos profetas, que são os profetas bíblicos, sendo Maomé o último profeta ;

 

4. A crença nas revelações de Deus: aceitam  partes da Bíblia, como a Torá e os Evangelhos Canônicos . O Alcorão é a mensagem de Deus;

 

5. A existência do dia de julgamento da alma e na vida futura;


6. Crença na predestinação da alma (tal como os católicos creem) . Alá (Deus) decreta tudo o que vai acontecer. Atestam a soberania de Deus com sua frase frequente, “inshallah”, ou seja, "se Deus quiser ou assim permitir".
 

 

Louren Junior,

 

Continuemos……….Por mais que relacionemos  os ensinamentos entre os dois segmentos religiosos, parece-nos que caminham com um único objetivo: “Amarás a teu Deus (Único) sobre todas as coisas” , “E amarás a teu próximo como a ti mesmo.”

Concorda?

 

José Roberto,

Sim, os princípios são semelhantes.

 

Louren Junior,

 

O porque então do avanço islámico nesta estrategia de dominio, não tem se caracterizado pelo dominio pacifico, mas sim pelo que mata, mutila, que estimulam homens bombas. Talvez o questionamento no tom violento na maioria das passagens do Alcorão, especialmente contra os incrédulos, mas também contra judeus e cristãos.  Sura 5; 51 “Ouve aquele que acredita! Não tenha judeus ou cristãos como amigos e protetores; eles são amigos e protetores apenas uns dos outros. E se você se torna amigo deles, é como um deles. “Verdadeiramente, Deus não guia pessoas injustas.”

 "Se alguns muçulmanos cometem erros e alegam ser da religião islâmica, o problema é de quem erra e não da religião. O papa Urbano II instituiu a Primeira Cruzada e provocou o massacre de centenas de pessoas. O erro foi da religião católica?

 

José Roberto,

 

É uma distorção entender que o avanço atual da religião Islamica tem por base a violencia, assim como também ocorreu com o Cristianismo na Idade Média. Não devemos confundir intereses políticos com religião. Por acaso a Inquisição não foi uma distorção da religião católica? A tentativa de aniquilar os islámicos que eram liderados pelo Sultão Saladino, no século 12, por Reinaldo de Chântillon, envolvendo até a  pacifica Ordem dos CavaleirosTemplarios, não foi uma ação puramente política e de conquista, revestida pela “casca”religiosa? O holocausto por acaso não teve a complascência do Vaticano? O que ocorre com fundamentalistas muçulmanos, que são minoría dentro do Islamismo, é o mesmo que ocorre na Irlanda do Norte com o Ira, que promove o terror e recrudesce a luta entre católicos e protestantes. Não há diferenças.

 

Louren Junior,

 

Seria ingenuidade afirmar que o Alcorão não traz passagens duras. Existem, sim, trechos que, se lidos isoladamente, podem inspirar o extremismo e a violência. O mais famoso deles diz: "Matai os idólatras, onde quer que os acheis; capturai-os, acossai-os e espreitai-os"Ao longo da história, muitos líderes muçulmanos usaram o trecho para justificar ataques contra os chamados inimigos do Islã, numa leitura que os teólogos muçulmanos consideram equivocada.

Nas Escrituras judaicas e cristãs, contudo, também há passagens igualmente belicosas. Como lembra Karen Armstrong, no prefácio de seu livro Maomé Uma Biografia do Profeta, na Torá, a Bíblia hebraica, os israelitas são repetidamente conclamados a expulsar os cananeus da Terra Prometida, a destruir seus símbolos sagrados e a não fazer nenhum tipo de acordo com eles. O próprioJesus, numa ocasião, chega a dizer que não veio trazer a paz, mas a espada. Mesmo assim, não pairam sobre o Cristianismo e o Judaísmo a acusação de serem crenças violentas. Mesmo assim, não pairam sobre o Cristianismo e o Judaísmo a acusação de serem crenças violentas.

Você concorda?

 

José Roberto,

 

Concordo em parte, pois tudo é uma questão de interpretação. A Torá, por exemplo, é um livro sagrado de narrativas de um povo, que requer um espaço exclusivo para maiores considerações, sendo um tema extenso e apaixonante. Os Evangelhos, por sua vez, têm traduções às vezes incompletas, por falta de palavras correspondentes aos originais transcritos em aramaico e hebraico. Sua interpretação ao pé da letra às vezes causa duvidas, se não for bem fundamentada. Logicamente Jesus nunca pregou a violência, assim como Maomé também não. Seria uma contradição de ambas as doutrinas que exaltam o amor à Deus e ao próximo.

 

Louren Junior,

“Talvez   a ingerência Política, os intereses materias mais prementes.  As disputas internas e externas nos levarão a uma nova Noite de S. Bartomeu em que os protestantes foram aniquilados pelos católicos.

Reviveremos a uma  nova “inquisição” agora muçulmana?

 

José Roberto,

 

A noite de São Bartolomeu, teve um sentido político e não religioso. Catarina de Médice revestiu-se de motivos pessoais contra o Almirante Coligni e não religiosos para defraglar a matança dos huguenotes protestantes. Insisto: o radicalismo religioso não é um consenso. Não há mais espaço no mundo para uma ação desta natureza. Os arautos do Apocalipse, que acreditam em guerra mundial, destruição em massa irão se decepcionar. Temos um Governador Planetário que jamais perderá o comando nesta transição que estamos atravessando rumo à Regeneração. Caso contrário, estaremos assinando o atestado que ainda não aprendemos nada com a Doutrina Espírita.

 

Louren Junior,

 

Pelo que podemos deprender até aquí, realmente existe essa pressão muçulmana pacifica ou não pouco importa. Mas, repara

Qual a importancia da Doutrina Espírita nesse contexto todo. Se existe mesmo essa identificação entre os ensinos.

Ela deverá prevalecer pelos seus principios básicos, como     diretriz moral, como reflexão íntima sempre tendo como Jesus o foco.

A Doutrina Espírita e a Lei imutável do Criador?

 

José Roberto,

 

A Doutrina Espírita é a única não dogmática, lógica e esclarecedora. Tem por base a Lei Divina ou Natural, que é imutável. Nos conduz à evolução moral e o burilamento dos valores espirituais. Por este motivo, temos cada vez mais pessoas que procuram nela  a razão da existência, independentemente da classe social ou intelectual. É o Consolador que o Pai nos enviou, conforme promessa de Jesus, ao despedir-se dos Apóstolos.

 

Louren Junior,

 

Entre os adeptos do Islamismo estão, também, pessoas que faziam parte de outras religiões, que se tornaram muçulmanas após se decepcionar com sua antiga religião. "No Islã, encontrei a resposta para os meus questionamentos", afirmam.

Se você visitar qualquer mesquita, mesmo não sendo muçulmano (a), provavelmente ouvirá de um fiel Salam Alaikum, ou, "que a paz esteja com você".

Para quem se acostumou a ver a religião islâmica associada a uma imagem de violência e intolerância, pode parecer estranho que uma mensagem tão pacífica seja a forma de saudação entre os muçulmanos.

Estamos falando a mesma língua?

 

José Roberto,

 

Porque falta conhecimento sobre o Islamismo e também sobre outras doutrinas. Kardec já nos advertiu: “Amai-vos e instruí-vos”. Não foi através da instrução e exaustivos estudos que Kardec levou a bom termo sua missão?

 

Louren Junior,

 

Está havendo um desconsideração pelos vultos que conduziram e conduzem com dignidade os varios segmentos religiosos, como: Grandes nomes da Igreja Católica, Irmã DulceDom Helder, Francisco de Assis, Madre Teresa, atualmente Pe. Marcelo Rossi dando uma nova dinámica ao catolicismo chegou a ser proibido de se aproximar do Papa Bento XVI na sua visita ao Brasil, Pe. Fabio Melo, Pe. Antonio Maria também homems dignos repudiado pelos próprios católicos, pastores protestantes  Nehemias Marien, Martin Luther King, os grandes homens da Doutrina Espírita como a humildade a bondade de Chico Xavier desacreditado pelos próprios membros do movimento espírita, os nomes de homens bons, caridosos, humildes dentro do Islamismo.

Sempre foi assim?

 

José Roberto,

 

Reconhece-se a arvore pelos frutos. Os bons não necessitam de reconhecimento dos poderosos, mas são reconhecidos pelas suas obras.

 

Louren Junior

 

Nesta linha de raciocínio, coerente com o conhecimento da Doutrina Espíritaestá à convicção que tais conquistas não são privilégio exclusivo do cristianismo. O Budismo, o Hinduísmo, o Islamismo e tantas outras correntes religiosas ou filosóficas, poderão ser eficientes para que essas virtudes sejam alcançadas por qualquer criatura interessada em se harmonizar com a Lei deDeus. Logo a Doutrina Espírita não apresenta o cristianismo como único caminho já que a verdadeira família universal não será a dos cristãos, nem dos budistas, mas sim a dos que obtiverem o domínio de si próprios, a ponto de fazerem a vontade de Deus que só pode ser a da prática do bem em todas as circunstâncias, como expressão do amor ao próximo.

Doutrina Espírita explicita a todo religioso a prática de virtudes e que tudo se transforme num fator de paz, harmonia e equilíbrio Para a Doutrina Espíritaestão todos aqui na Terra para conquistar essas virtudes? 

 

José Roberto,

 

Aquele que entende que somos criados para a imortalidade e que não há interrupção em nossa jornada rumo à Perfeição está no caminho certo. A Doutrina Espírita nos mostra as ferramentas e o caminho. Depende de nossas ações e escolhas. A parábola da porta larga e porta estreita nos trazem um importante ensinamento de Jesus. Se quisermos vencer nossos vícios e imperfeições, desenvolver virtudes, temos que nos empenhar profundamente. Não existe conquistas sem lutas.

 

Louren Junior

 

As dores as angustias, um mundo de sofrimentos e de perplexidade, confrontando com o avanço cientifico e tecnológico nunca antes registrado, não deixará de sentir esse novo horizonte, que se aproxima, que conseguimos apalpar e até dissimular, A Renovação Moral e Espiritual da Humanidade.

Doutrina Espírita é isso?

 

José Roberto

 

Você colocou muito bem. Porém é necessário não perdermos o foco de que em nosso estágio evolutivo ainda somos comparados à uma pedra bruta, que necessita ser desbastada sempre, como um exercício constante de renovação de valores, em direção à luz.

 

Revista Espírita – Allan Kardec – Junho de 1863.Pregunta-me qual será o futuro da Doutrina Espírita, e que lugar terá no mundo. Não terá ele um lugar somente, preencherá o mundo inteiro. A Doutrina Espírita está no ar, no espaço, na Natureza. É a pedra principal do edifício social; podes pressagiar de seu futuro por seu passado, por seu presente. A Doutrina Espírita é a obra de Deus;

Um filosofo do outro mundo.............Lyon, 21 de Setembro de 1862.

 

José Roberto, a minha admiração pela pessoa que é e a honra pela oportunidade de entrevista-lo. Deixe sua mensagem a todos nós.

                         

Devemos sempre ter confiança irrestrita no Criador e em nosso Mestre Jesus. Este é o primeiro passo para que possamos vivenciar plenamente a Doutrina Espírita, que é libertadora e esclarecedora por excelência. Sabemos que a Terra está em franca evolução moral, apesar das noticias contrarias veiculadas, sempre de fatos que são minoritários no contexto geral. Os bons acontecimentos não são de interesse para a mídia, que simplesmente os ignoram. Mas nós sabemos que eles acontecem sempre, graças ao espírito de fraternidade que está sendo cada vez mais desenvolvido na esfera terrestre, quer por nós encarnados, quer pela espiritualidade. Desta forma, chegaremos a um momento que religiões, desde que revestidas pelos verdadeiros sentimentos de fraternidade e amor, serão apenas rótulos. A nós, compete seguir o mandamento maior que Jesus nos deixou, segundo o Evangelho de Mateus: Amar a Deus de todo o nosso entendimento e de todo o nosso coração e ao próximo como a nós mesmos. Muita paz a todos!

 

Acessse o Link Abaixo Entrevista Completa:

 https://lourenjunior.webnode.com.br/news/entrevista-jose-roberto-gennari-por-louren-junior/

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