CONVULSIONÁRIOS! Médiuns, fanáticos, charlatães?.....por Louren Junior....coordenação Espirito Matias Albuquerque
CONVULSIONÁRIOS! Médiuns, fanáticos, charlatães?.....por Louren Junior.....coordenação Espírito Matias Albuquerque
Quando o homem conseguir manipular o MAGNETISMO estará sem favor explicitamente aflorando sua autenticidade Espiritual.
Magnetismo Humano e Espiritual
O magnetismo produzido pelo fluido do homem é o magnetismo humano; aquele que provém do fluido dos Espíritos é o magnetismo espiritual.
Aqueles que têm convulsões são chamados de convulsionários. Os espíritos desempenham papel importante nos chamados convulsionários. O magnetismo, porém, é a causa originária de tais fenômenos, que têm sido explorados pelo charlatanismo. Os espíritos que provocam este tipo de fenômeno são sempre de condição evolutiva inferior, pois os espíritos superiores não se comprazem com semelhantes coisas.
Por efeito de simpatia, o estado anormal dos convulsionários pode se entender subitamente a toda uma população. As disposições morais se comunicam mais facilmente em certos casos e, por efeitos magnéticos, alguns espíritos podem provocá-los.
Comentário de Allan Kardec:
Entre as singulares faculdades que se notam nos convulsionários, algumas facilmente se reconhecem, de que numerosos exemplos oferecem o sonambulismo e o magnetismo, tais como, além de outras, a insensibilidade física, a leitura do pensamento, a transmissão das dores, por simpatia, etc. Não há, pois, duvidar de que aqueles em quem tais crises se manifestam estejam numa espécie de sonambulismo desperto, provocado pela influência que exercem uns sobre os outros. Eles são ao mesmo tempo magnetizadores e magnetizados, inconscientemente.
A insensibilidade física que se observa em alguns convulsionarios é, exclusivamente, efeito do magnetismo, que atua sobre o sistema nervoso do mesmo modo que certas substancias. Em outros, a exaltação do pensamento embota a sensibilidade, como se a vida se retirasse do corpo para se concentrar toda no espírito. Quando o espírito está vivamente preocupado com uma coisa, o corpo nada sente nada vê e nada ouve.
Comentário de Allan Kardec:
A exaltação fanática e o entusiasmo hão proporcionado, em casos de suplícios, múltiplos exemplos de uma calma e de um sangue frio que não seriam capazes de triunfar de uma dor aguda, senão admitindo-se que a sensibilidade se acha neutralizada, como por efeito de um anestésico. Sabe-se que, no ardor da batalha, combatentes há que não se apercebem de que estão gravemente feridos, ao passo que, em circunstâncias ordinárias, uma simples arranhadura os poria trêmulos.
Visto que esses fenômenos dependem de uma causa física e da ação de certos Espíritos, lícito se torna perguntar como há podido uma autoridade pública fazê-los cessar em alguns casos. Simples a razão. Meramente secundária é aqui a ação dos Espíritos, que nada mais fazem do que aproveitar-se de uma disposição natural. A autoridade não suprimiu essa disposição, mas a causa que a entretinha e exaltava. De ativa que era, passou esta a ser latente. E a autoridade teve razão para assim proceder, porque do fato resultava abuso e escândalo. Sabe-se, demais, que semelhante intervenção nenhum poder absolutamente tem, quando a ação dos Espíritos é direta e espontânea.
Relacionada à Saúde a Convulsão: A Convulsão nada mais é que uma alteração repentina de um comportamento causado pelo excesso de atividade elétrica no cérebro. Dependendo a região afetada pode haver uma grande diversidade de sintomas durante uma convulsão, acontecendo tremedeiras por todo o corpo. Movimentos involuntários e bruscos e desmaios. Ela pode se manifestar pela simples alteração da consciência e as complexas que podem alterar a consciência. As focais que afetam somente um lado ou uma parte do corpo as generalizadas que afetam todo o corpo. São caracterizadas por perda da consciência, modificação no comportamento ou até mesmo na atividade motora e forte contração muscular que podem causar seqüelas pelos músculos do corpo.
OBS: Nem toda crise convulsiva é caracterizada como epilepsia.
Leia Mais: EPILEPSIA/CONVULSÃO - ATAQUE EPILÉPTICO - ABC da Saúde https://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?95#ixzz2SF3SbP2y
ORIGEM (Continuamos tratando com referencia a Doutrina Espírita)
* Fanáticos franceses do século XVIII que tinham convulsões e se infligiam torturas físicas às quais se declaravam insensíveis.
* Fanáticos franceses jansenistas do começo do século XVIII aos quais a exaltação religiosa causava convulsões e se infligiam diversas torturas.
Jansenista é relativo ao jansenismo, isto é, uma doutrina religiosa muito difundida na França, entre os séculos XVII e XVIII, que pretendia limitar a liberdade humana partindo do princípio de que a graça é concedida a certas pessoas desde o seu nascimento, e recusada a outras. Era assim designado porque seu autor era o bispo católico holandês Cornélio Jansênio, falecido em 1638.
SUA PRÁTICA SE REALIZAVA NO Cemitério de Saint-Médard
A insensibilidade física produzida pelo êxtase deu lugar a cenas atrozes. A loucura chegou a ponto de realmente crucificarem vítimas infelizes, de lhes fazer sofrer todos os martírios da Paixão do Cristo. E estas vítimas solicitavam as terríveis torturas, designadas entre os convulsionários pelo nome de grande socorro.
Convulsionários e Auto-flagelação (Atual)são a mesma coisa.
Auto-flagelação - Causar flagelo a si mesmo. Castigar fisicamente a si mesmo como forma de protesto. A palavra flagelação refere-se à prática de atos punitivos, mortificantes ou de sacrifício, por diversos motivos (jurídicos ou religiosos), podendo ter origem em escolha voluntária ou não. O termo aplica-se, por exemplo, a religiosos que incutem a si mesmos sofrimentos e chagas, de modo a imitar a paixão de Cristo.
Muitas religiões utilizam a auto-flagelação, como forma de purificação.
Páscoa Auto-flagelação de fiéis na Quinta-feira Santa
Fiéis participam numa cerimônia de auto-flagelo durante Quinta-feira Santa, nas Filipinas
Além dos convulsionários de Saint-Médard, Kardec menciona, na Revista Espírita 6 de janeiro de1868, um artigo publicado em Monde Illustr, de 19/10/1867,sobre os árabes da tribo dos Aïssaouas, seita religiosa espalhada na África, cujo articulista testemunhou, na Argélia, diversos eventos, em que os adeptos, sub-metidos às mais cruéis mortificações corporais, a tudo suportavam sem sentir qualquer dor.
Em outro relato jornalístico Petit Journal, de 30/9/1867),
mencionado no mesmo número da Revista Espírita, são registrados vários casos, entre eles os dos engolidores de brasas acesas, os dos comedores de vidro e de serpentes, fenômenos esses produzidos pelos integrantes da “companhia Aïssoua” (corpo de balé muçulmano), que se apresentou em Paris, no teatro do Campo de Marte, e depois na sala da arena atlética da rua Le Peletier, espetáculo que também recebeu a cobertura do Moniteur, de 29/7/1867.