ENTREVISTA...... com MARCOS CUNHA - VOCÊ SE IMPORTA COM A FÈ DOS OUTROS...por Louren Junior

18/04/2014 09:26

ENTREVISTA ....com MARCOS CUNHA – VOCÊ  SE IMPORTA COM A FÉ DOS OUTROS! ..........por Louren Junior

 


 

Lourenço Rendesi Junior - Currículo

 

 

FÉ – CRER, ACREDITAR, A vitória e daqueles que crêem, qualquer um que crer, aquilo que demais puro e cristalino possa mostrar-se a nossa inteligência.........Espírito Matias Albuquerque.

 

 

Entrevistado  MARCOS CUNHA

 

 

Curriculo

 

Comecei na doutrina há 18 anos. Creio que sou um dos "trabalhadores da última hora". De lá para cá não parei com o trabalho na Doutrina, principalmente no trabalho doutrinário, com aulas, palestras, treinamentos e seminários. Participei de alguns programas na Rádio Boa Nova, nos programas Roteiro, RBN Notícias e Agenda Espírita.
Também participei do programa "conhecendo uma Casa Espírita", da TV Mundi e também pude ser um dos palestrantes do Seminário da Paz, que aconteceu no ano de 2013 em Guarulhos.
Já tive oportunidade de escrever alguns textos para a Revista Cristã de Espiritismo e sou trabalhador do Centro Espírita de Estudo e Meditação em Guarulhos.
Faço palestras em Centros de São Paulo e cidades da grande São Paulo, Estância de Socorro, etc.
Escrevi um livro junto de um amigo e estamos esperando publicação.
Sou casado com uma mulher maravilhosa, tenho dois lindos filhos (coruja) e sou funcionário público municipal em São Paulo.

 

 

01 – A  dos outros

02 – A  Espirita

 

 

MARCOS – Tenho acompanhado sua trajetória de uns tempos para cá. Dentro do aspecto religioso como Espírita convicto apreciando sobremaneira suas Palestras. Nota-se um profundo entusiasmo no que acredita e expondo suas idéias de forma que todos assimilam.  Como encontrou o caminho de tão expressiva realidade.  Seu entendimento das coisas que digam respeito a Espiritualidade?

 

R: Quando conheci o Espiritismo, lendo um livro "O mundo que encontrei", ditado pelo Espírito de Luiz Sérgio, há 18 anos, percebi que ali estavam coisas que eu já acreditava, sem talvez perceber o alcance destas, claro. Passei então a estudar a Doutrina Espírita e quanto mais estudava e me aprofundava mais me admirava com sua profundidade e ao mesmo tempo simplicidade. Era como seu já conhecesse tudo aquilo que tomava conhecimento pela primeira vez, pelo menos nesta atual encarnação. A partir daí nunca mais parei de estudar e quando me senti realmente preparado, passei a divulgar a Doutrina pelas Casas Espíritas, através de palestras públicas.

 

01 - A FÉ dos outros.

 

MARCOS –  JESUS  nos diz que os pagãos também tem FÉ. Jesus está fora da Galiléia, fora da terra de Israel, numa terra pagã. Para os judeus, a convivência com os pagãos é algo inadmissível, pois estes não adoram o Deus Vivo e Verdadeiro, o Deus de Israel. Jesus enquanto humano era judeu e talvez tivesse em mente que sua missão se destinava apenas ao povo judeu. Aconteceu, no entanto, que ele se deparou com uma mulher pagã que pede cura para a sua filhinha. Jesus poderia  até parecer  preconceituoso: como os judeus que se referiam muito hostis  aos pagãos. Mas diante da insistência da mulher, Jesus elogia a sua fé e lhe concede a cura de sua filha.

 

 

MARCOS  - “Pagão” é um ser diferenciado desprovido de amparo. Ou simplesmente por ser  cognominado como um ser sem religião. Não carrega consigo a sua FÉ da origem que cultuavam a natureza com seus deuses e deusas  Não é um conceito de crença, E de certa forma JESUS confirma pelo elogio aquela mulher a dos ditos “pagãos”?

 

 

R.O termo "PAGÃO" oriundo do latim "Paganus", que significa "camponês, rústico", acabou sendo usado para designar pejorativamente aqueles povos politeístas não Abraãmicos.

Ocorre que Jesus, embora hebreu, não veio para falar apenas para aquele povo, mas a todos que de boa vontade estivessem dispostos a ouvi-Lo. A fé está além de costumes religiosos, além até mesmo de nossa compreensão atual. Quando Jesus fala à mulher pagã, passa uma mensagem de que a fé reside em nosso Espírito, através de múltiplas existências, onde vai se aprimorando, enraizando, fortalecendo-se. Quantas vezes não encontramos pessoas que não são tão apegadas a esta ou àquela religião, mas que possuem um sentimento de fé tão forte que é capaz de operar prodígios na vida destas? Quanto mais nos aprofundarmos no conhecimento das verdades eternas, mais fortaleceremos nossa fé. Foi por isso que Jesus disse: "Conhecerei a verdade e ela vos libertará".

 

 

MARCOS – A própria ciência não é cega, a cada nova descoberta as leis da física são reescritas, e com novas interpretações. Não que os cientistas de ontem estivessem errados, só que com nossos limitados sentidos, não podemos abarcar o todo, e a cada nova descoberta, a mesma lei física é recompreendida de uma forma mais completa que a anterior, cada vez mais próxima da verdade

 

Assim, temos que ser humildes para aceitar mudanças, pois cada mudança representa uma compreensão mais completa, da mesma coisa vista da forma anterior. Paralelamente a FÈ RELIGIOSA acompanha essa realidade?

 

Complementando:

No estágio atual é compreensível que exista ainda a tal da “FÉ CEGA”?

 

 

R:.Meu caro Lourenço, à medida que o tempo passa, a evolução em todos os sentidos imagináveis vai acontecendo. É lei da vida. Nos campos científico, filosófico e religioso, nada é estático ou imutável. As verdades de hoje vão modificando-se e dando lugar a novas verdades futuras, porque os homens vão evoluindo e tendo condições de entenderem e aceitarem novas verdades. Vejamos que até mesmo a nossa compreensão de Deus, modificou-se ao longo do tempo e até hoje ainda segue sendo um mistério para nós. Quando Kardec pergunta à espiritualidade na questão n° 11 de O Livro dos Espíritos se o homem um dia compreenderá o mistério da Divindade, eles respondem que isto acontecerá "quando não mais tivermos o Espírito obscurecido pela matéria". E ainda somos extremamente apegados a sentidos e sentimentos materiais, portanto, ainda concebemos um Deus de maneira equivocada, fruto de nossa ainda pouca evolução espiritual.

E por conta disso e de ainda sermos Espíritos de provas e expiações, muitas vezes desenvolvemos uma Fé cega, imposta mais por conceitos externos do que por aqueles que vêm de nosso íntimo, nosso Espírito. Se somos Espíritos imperfeitos, e ainda o somos, tudo em nós, inclusive a nossa fé, ainda estagia em rumos imperfeitos. Mas um dia alcançaremos a condição de compreender Deus e a Fé N'Ele em toda sua essência.

 

 

MARCOS – E muito importante e que se entenda Deus não tem compromisso com nenhuma religião Deus quer salvar todo e qualquer ser humano, o pior de todos os seres. Qualquer ser humano pela fé estará preparando sua chegada ao céu. Como disse JESUS: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?      

 

 

R. Desde que o homem se encontra na Terra, ele percebeu que havia um poder maior que ele mesmo, mas que ele não compreendia. E por conta disso começou a adorar coisas e lugares como divindades. 

Os primitivos adoravam o sol, raios, trovões, etc. Depois passou a adorar pedras e rochas (litolatria), em seguida adorou plantas, árvores (fitolatria), depois passou a adorar animais (zoolatria), para em seguida cultuar a mitologia onde o animal e o humano confundiam-se na mente destes homens do passado. Depois passamos a adorar muitos deuses através do politeísmo, até que com Moisés passamos a viver o monoteísmo. Como podemos ver, a religião foi mais uma criação humana do que propriamente uma aquisição espiritual. E por conta disso, os homens separaram-se religiosamente, através de suas crenças, em vez de seguirem um único caminho que nos leve a todos em direção ao Pai Eterno. A medida que o homem for evoluindo, as religiões seguirão a tendência de se unirem e focarem um único caminho que nos levará ao Pai. E isto Jesus deixou claro quando ao ser questionado de qual seria o maior mandamento, respondeu "AMARÁS O SENHOR TEU DEUS E AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO".

O amor, a fé e a compreensão de Deus, segue a par e passo com o amor ao próximo.

 

 

MARCOS –. É compreensível que as guerras, mortes, que se passaram no antigo testamento, foram e são sombras para nossas guerras de hoje. Serviam e servem como pretexto. As vitórias segundo sua crença viviam e ouvem a palavra de Deus por isso eles vivem pela FÉ na certeza, na confiança na palavra de Deus.  E é também compreensível que se pode admitir sem um sentimento, como amor, raiva, tristeza, sentimentos como revelam despertados pelo ouvir e o ouvir a palavra de Deus?

 

 

R: O homem, além do pequeno e desvirtuado conhecimento da Divindade, fruto de sua ainda pouca evolução espiritual, usou e infelizmente ainda usa o nome de Deus para dar vazão aos seus sentimentos inferiores, entre eles o dá agressão mútua. No passado acreditava-se na figura de um Deus antropomórfico, com características físicas e morais iguais ao do homem. Um Deus vingativo, rancoroso, punitivo e que posiciona-se a favor deste ou daquele lado em uma guerra.
Ainda hoje vemos nações se destruírem por motivos gananciosos e orgulhosos, e depois usarem o nome de Deus para desculparem-se perante seus erros.
Isto apenas mostra o quanto ainda estamos longe de nossa meta espiritual, a perfeição;

 

 

MARCOS – Se adotarmos a presunção do conhecer e de admoestar. Pode-nos parecer que uma maioria notadamente os jovens hão perdido a crença em Deus (aos menos pelos seu atos intempestivos de agressividade, vandalismo, desrespeito) . O porquê disto? A critica sobrepõe o PENSAR ao do SENTIR. Este culto, com seus ritos de Liberdade e Igualdade, parece-nos sempre reviver cultos antigos, em que animais eram como deuses, ou os deuses tinham cabeças de animais?

 

 

R: Pois é meu caro amigo, vivemos tempos difíceis onde acontece hoje um recrudescimento dos problemas que assolam nosso mundo. Vivemos momentos de transição planetária, onde muitos de nós estão tendo a última oportunidade de prosseguir junto à Terra. Os "jovens" Espíritos que estão reencarnando na Terra estão divididos em graus evolutivos que vão desde os que estão tendo a última oportunidade de corrigirem seus erros cometidos até aqueles que, já possuidores de maior evolução, estão reencarnando para auxiliarem nosso planeta neste momento transitório. Por isso temos visto jovens que não querem saber de nada e apenas estão voltados para os sentimentos materiais, físicos e outros que desde cedo já procuram trilhar caminhos do bem. E não são apenas os jovens. Já está passando da hora de nos posicionarmos neste momento pelo qual passa a Terra. Nossos benfeitores espirituais informam que vivemos uma transição planetária, e ela acontecerá com ou sem nós, mas é necessário que façamos em nós uma transição ética e moral para podermos merecer continuar no nosso Planeta Mãe.

 

 

MARCOS - A fé por si só não incomoda, o que incomoda é o jeito de propagá-la. Um pastor sair gritando em um microfone, por exemplo, incomoda, mas não é pela sua crença. Podemos até entender que precisam de novos adeptos para sustentá-los. Os rituais com certa pompa de diferentes Religiões. São argumentos sólidos?

 

 

R: Os cultos católicos incomodam por conta da ostentação em vestimentas, objetos preciosos, imagens, etc. Já os cultos Evangélicos incomodam pela música alta, pregação entusiasmada, dízimos, etc. A umbanda incomoda pelo som dos atabaques, as giras, comidas e bebidas, etc. O espiritismo incomoda pelo intercâmbio com o mundo espiritual, desobsessões, assistências espirituais, etc. 
Ora, nós ainda guardamos muitos preconceitos tais como social, sexual, financeiro, cultural, étnico e um deles é o preconceito religioso. Basta nos ligarmos a um segmento religioso e já passamos a julgar o outro por ser diferente do nosso. Volto a dizer que somos Espíritos ainda muito imperfeitos e portanto nos dividimos em diversos segmentos religiosos. Deus é universal e não local, portanto manifesta-se aos homens em todas as religiões. Os benfeitores espirituais não auxiliam apenas nesta ou naquela religião, mas em todas onde há a boa vontade dos homens. Se assim fosse, o que seria, por exemplo, das filosofias e mesmo religiões não cristãs? Estariam abandonadas à própria sorte? A medida que o homem for evoluindo, suas religiões também evoluirão e irão fundir-se, agregando e unindo cada vez mais o ser humano em torno de uma única religião.
Em João, cap. 10, versículo 16, Jesus diz: "Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco. É necessário que eu as conduza também. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor."
É neste momento que todos seremos cristãos e N'Ele viveremos, não mais necessitando das religiões como as conhecemos hoje.

 

Marcos Cunha

 

MARCOS - Os atributos invisíveis de DEUS se reconhecem assim como seu poder como também sua própria divindade desde o principio do mundo por meio das coisas que foram criadas. O debate evolução-criação rotulado como “ciência versus fé” é enganoso. Pois presume que a FÈ não tem base em evidência concreta. É uma afirmação preconceituosa, pois eleva a ciência e rebaixa a FÈ por meios que evitam uma investigação honesta?

 

Complementando:

A fé não exige que se seja uma testemunha ocular de tudo o que é acreditado, mas deverá apoiar sobre evidência adequada. Por exemplo, tenho fé em que minha mãe seja realmente minha mãe física. Eu não verifiquei isto ( não considerando o estágio atual da medicina  do DNA que se socorre em casos específicos) cientificamente, mas a evidência é tal que não seria razoável eu pensar de outro modo. Concorda?

 

R: Quando se fala em criação e evolução devemos lembrar que no passado a ciência e a religião, chegaram até a ensaiar alguns passos juntos, mas devido a interesses outros, acabaram trilhando caminhos opostos. A igreja excluiu completamente a ciência da Criação e a ciência excluiu Deus desta. Charles Darwin em 1859, em seu trabalho "A origem das Espécies", trata da evolução das espécies, sem a presença de Deus neste processo. O Espiritismo vem resgatar este engano de ambas, mostrando que as espécies, inclusive a humana, passam sim por um processo de evolução material e espiritual, mas que tem como causa primária, Deus. A fé, apenas pela fé, é tênue, fica apenas na superfície e, por isso mesmo, qualquer abalo maior na vida da pessoa, faz com essa fé seja enfraquecida, com que a pessoa questione até mesmo os valores de sua fé, seu Deus. No entanto, a fé raciocinada que Kardec propõem nos dá a sustentação necessária para que possamos confrontar nossos abalos través do conhecimento, de uma fé enraizada, vencendo os obstáculos com os quais nos defrontaremos pela vida. Existe um livro chamado "Darwin e Kardec, um diálogo possível", onde neste livro, as leis da natureza, reveladas por Charles Darwin, se põem paralelas às do mundo espiritual, codificadas por Allan Kardec.
Quando o homem abrir a sua mente e passar a ver a religião e a ciência como complementares uma da outra, neste momento o véu do desconhecido abrir-se-á para todos.

 

MARCOS - Por muito tempo temos incutido a idéia de que DEUS é um Pai que deve-nos proteger de coisas “ruins” e de nos conceder “prêmios” e “vantagens” em troca de agradá-lo, sendo “bons” e obedientes as suas “leis”. Onde fica a “fé raciocinada”?

 

Complementando;

 

A “fé raciocinada” é a que se deposita em uma crença bem estruturada pela razão.  Esta “fé é inabalável”. Mas corre o risco de desmoronar sendo “a razão falível”?

 

 

R: Devido a entendimentos equivocados da figura de Deus, acreditamos ao longo dos tempos, até mesmo pelo interesse das religiões em prender os fiéis através do medo, que o Criador fica distribuindo "prêmios e castigos" a seu bel prazer. Mas nossos benfeitores espirituais, através da Doutrina Espírita, vêm nos ensinar que existe uma lei de Causa e Efeito, onde nossos "prêmios" e nossas "dores" são frutos de nossas próprias atitudes. Deus não premia e nem pune ninguém. Ele criou a vida através de suas leis Divinas e Imutáveis, que regem o Universo de maneira equilibrada, sem favorecer este ou aquele Espírito. Somos nós que nos premiamos ou nos punimos, de acordo com a maneira como nos portamos frente à vida.
Quando passamos a compreender isto, através de nosso raciocínio, a nossa fé fica de tal modo fundamentada na razão, que não será abalada nem mesmo pelos infortúnios que possamos passar. E se este abalo acontecer, então é porque ainda estamos totalmente prontos para conceber a fé raciocinada.

 

MARCOS - Diz-nos Santo Agostinho: “eu creio para compreender, e compreendo para melhor crer.”

 

Não há oposição entre a ciência e a fé, uma vez que ambas são obras do mesmo Deus. Ambas se completam e se auxiliam mutuamente Porque que quanto mais alguns, entendem a ciência, mais compreendem a fé? 
E outros não? 

 

R: Diferença evolutiva de cada um de nós. Embora todos aqui na Terra, com raríssimas exceções, sejamos Espíritos de provas e expiações, ainda vivemos aqui em diferentes estágios evolutivos. Muitos de nós já conseguimos antever, ainda que de forma imperfeita, as belezas da verdade acompanhando o grau de evolução de cada um.
Santo Agostinho, uma destas exceções e um visionário em seu tempo, entre os séculos IV e V, foi um destes Espíritos que aqui reencarnam com a missão de alavancar o crescimento dos que aqui estão e, por isso, compreendia como poucos de sua época que fé e razão não são inimigas e sim aliadas no processo de crescimento espiritual de todos nós.

 

MARCOS - Alguns ateus consideram que o ateísmo não é uma crença, que não é uma religião e que não possui uma doutrina a ser seguida. Mas por outro lado o Ateísmo é a descrença em divindades. Logo existe uma crença filosófica de princípios básicos na qual acreditam. Logo toda crença depende de FÈ?

 

R: O termo ateísmo, proveniente do grego clássico  atheos, que significa "sem Deus", foi aplicado com uma conotação negativa àqueles que se pensava rejeitarem os deuses adorados pela maioria da sociedade. Eles, os ateus, costumam ser céticos no que se refere à questões religiosas, dizendo haver falta de provas sobre estas mesmas questões. Se entendermos a fé apenas como algo que se acredita, então o ateísmo não deixa de ser um produto da fé. Mas se entendermos a Fé como um sentimento do Espírito que intimamente compreende haver um Criador que rege o Universo através de suas leis imutáveis, então não, o ateísmo não se fundamente na fé e sim no materialismo. Mas ainda assim, podemos compreender os ateus como irmãos que ainda não se encontraram com a sua origem: Deus.
Como disse Leon Denis em "Depois da Morte", 
"Ninguém adquire a fé sem ter passado pelas atribulações da dúvida, sem ter padecido as angústias que embaraçam o caminho dos investigadores. Muitos param em esmorecida indecisão e flutuam longo tempo entre opostas correntezas. Feliz quem crê, sabe, vê e caminha firme. A fé então é profunda, inabalável, e habilita-o a superar os maiores obstáculos."

 

Foto de Rai Sossô.

Melhores amigos

MARCOS - Se considerarmos o ateísmo uma crença, o ateísmo depende da fé. O ATEISMO ou ATEU no fundo de suas almas carregam consigo a tal FÉ das demais organizações religiosas?

 

R: Para o ateu, sua crença baseia-se única e exclusivamente no materialismo. A vida acaba com a morte e nada mais sobrevive ou existe após esta. Como podemos ver, bem diferente da fé religiosa, pois as religiões, ainda que com grandes diferenças entre umas e outras, acreditam na existência do Espírito e de algo mais além da matéria. Mesmo as mais antigas culturas, tais como a indiana, egípcia,  mesopotâmica, chinesa, hebréia, etc, cultuavam em suas religiões a existência do Espírito.

 

MARCOS – A fé e a esperança implicam uma certa imperfeição, porque aquela recai sobre o que não vemos, e esta, sobre o que não temos. Verdade?

 

R: A fé recai sobre o que não vemos mas sentimos com o Espírito. E a esperança recai sobre a certeza de que um dia alcançaremos degraus mais altos na evolução espiritual. Somos filhos de Deus e portanto temos em nosso íntimo a certeza da vida espiritual e mesmo ainda imperfeitos guardamos esta certeza em nossa essência. O ateu também também possui isto em seu ser, mas ainda não consegue ver.

 

MARCOS - Os ateus não tem menos espírito que os outros. Por que teriam menos espiritualidade? Podemos até concordar a vida espiritual não é sempre religiosa?

 

Complementando:

 

É possível ter fé sem pertencer a uma religião?

 

 

R: Os ateus não tem menos Espírito que os outros, claro, mas como dissemos anteriormente, tudo é sempre questão de evolução e cada um de nós experimenta o seu lugar próprio na evolução do Espírito. Já a vida espiritual, não creio ser sempre religiosa, pois religião para nós ainda implica em crenças, ritos, templos, etc. Existem sim pessoas que possuem a certeza, entenda-se fé, em algo sem que percebam ou entendam este sentimento como fazendo parte de um seguimento religioso.

 

 

MARCOS –  Como acontecido com Sócrates, Platão, os primeiros cristãos, os Druidas (Uma das Reencarnações do Mestre Lionês ALLAN KARDEC) que não consideravam a trindade cristã.. Você acredita o que acontece é o problema do condicionamento sócio-cultural­  e religioso, isto é, todo homem está condicionado ao pensamento, a cultura e etc. do lugar inserido; assim sendo, quem pensar diferente do meio pelo qual está inserido, logicamente haverá um choque de idéias que resultará na quebra do relacionamento?

 

 

R: Sócrates e Platão viveram antes do Cristo e filósofos como eram entendiam a vida em todos os seus aspectos filosóficos e não religiosos. Já os Druidas, também filósofos e sacerdotes celtas que viveram entre os séculos V a.C. e V d.C. nas Gálias, tinham uma concepção mais aprofundada sobre a questão religiosa, mas viam a manifestação Divina na natureza, onde praticavam seus ritos espirituais.
Já os primeiros cristãos vivenciavam os ensinos do Mestre da Galiléia em sua forma mais pura. E a trindade cristã, Pai, Filho e Espírito Santo, acabou sendo criada no Concílio de Nicéia no ano de 325.
Como podemos ver, a interpretação sobre este e outros fatos histórico-religiosos varia sim de acordo com o tempo, interesses e níveis de compreensão do ser humano. Muito tempo ainda será necessário para que todos os homens desenvolvam uma capacidade mais ampla de interpretação das verdades Divinas. Enquanto isso não acontece, há sim um choque de ideias que poderá trazer problemas de relacionamento dentro da célula social em que a pessoa esteja inserida.

 

 

MARCOS - A vida é um processo temporal, e as nossas circunstâncias vão mudando. A fé está ligada às provas a que somos submetidos. E, a avaliação da mesma, em nós próprios, aqui na Terra, também é um processo progressivo, que só culmina com a morte.

A prova de fogo da fé espiritual é quando algo corre realmente fora de nossos propósitos nas nossas vidas. Quando somos submetidos a provas muito duras.  E é precisamente nesses momentos que dela mais necessitamos. Que ela é mais preciosa?

 

 

R: Você tem razão meu amigo Lourenço. A cada dia nos transformamos, a cada dia somos um ser diferente do ser de ontem. Para melhor ou para pior. A fé está mesmo ligado às provas que experimentamos pois elas é que vão dar a sustentação para vivermos estas mesmas provas. Quanto mais raciocinada e baseada em conhecimentos espirituais, mais fácil, ou menos difícil, será a experiência dolorosa das provas. Acontece mesmo com amigos que vivem e até trabalham na Doutrina Espírita. Acontece comigo, com você, com todos. Vamos vivendo nossos dias com nossas tarefas, alegrias e tudo vai correndo bem. De repente, a tempestade se instala e vemos nossa tranquilidade fugir de nossas mãos. Este é o momento em que somos experimentados. Quando estudamos, nos preparamos para as provas que o professor dará, não é mesmo? Mas ficamos apavorados com aquelas provas surpresas, que o professor não avisa quando será. Assim é na nossa vida. Achamos que estamos e estamos mesmo nos preparando para elas, as nossas provas. Mas e aquelas que vêm de surpresa? O quanto estamos preparados? O quanto a nossa fé enraizou-se a ponto de não envergarmos perante nossas provas? Devemos trabalhar todos os dias de nossa vida na matéria, preparando-nos para as provas que nos auxiliarão em nosso crescimento espiritual. Nossas provas são métodos pedagógicos de ensino que a vida nos apresenta.

 

02 - A FÉ ESPIRITA

 

 

MARCOS - Vou me permitir aprofundar. Concordo plenamente com a célebre frase do codificador,  “ FÉ INABALAVEL  É AQUELA QUE ENCARA  FRENTE A FRENTE A RAZÃO EM TODAS AS ÉPOCAS DA HUMANIDADE” que mostra quão grande era a sua sabedoria. Mas vamos nos aprofundar e refletir no que devemos entender por "fé inabalável". Devemos entender isto como "fé absoluta", "fé impecável", como aquela que faltou aos discípulos para transportar montanhas? Ou simplesmente como a fé que resiste à incredulidade?

 

 

R: Interessante você mencionar os discípulos de Jesus. Eles eram Espíritos que já tinham alguma envergadura espiritual para acompanharem Jesus. Não foram escolhidos aleatoriamente no plano espiritual pelos benfeitores espirituais. Mas mesmo eles tiveram momentos de dúvidas, incertezas, receios, ceticismos. E Jesus sabia e sabe disso muito bem, pois conhece nossas fraquezas, nossas dificuldades. Mas claro que E'le sabe também de nossas possibilidades, daí afirmar que "somos deuses e que podemos fazer tudo o que E'le fez e muito mais". Creio que a maioria de nós hoje já vive um meio termo entre incredulidade e fé inabalável. Ainda alternamos esta fé em momentos que a sentimos forte, absoluta, inabalável e em outros momentos de incertezas. Somos Espíritos imperfeitos ainda, portanto não podemos, por enquanto, termos uma fé que nada seja capaz de abalá-la.

 

 

MARCOS  - Conhecemos o tamanho da fé pelos frutos que ela produz. Portanto, isso já prova como falsa a idéia de que somente uma crença racional "tal como a Espírita" possa produzir uma fé robusta. Importante compreender a relatividade da questão, e que Kardec não se referiu apenas à crença Espírita, pois o que é racional para mim, pode não ser para você. Portanto, uns podem crer numa coisa, e outros crerem em outra totalmente diferente, e todos terem  uma fé raciocinada naquilo que crêem, pois a percepção, de cada um em seu estágio, aprova racionalmente aquilo que acredita.  Concorda?

 

 

R: Concordo em gênero, número e grau. A racionalidade varia de indivíduo, época e entendimento. A minha razão me diz aquilo que meu Espírito entende como sendo o correto. E isto, claro, vai variar de indivíduo para indivíduo. Aliás, não somos estáticos. Somos seres em constante processo de mudança. Portanto, a minha razão hoje difere e muito da de ontem e, provavelmente, da de amanhã. O importante é estarmos sempre em busca desta racionalidade e, a partir daí, a fé. Infelizmente hoje temos visto as pessoas viverem mais as emoções do que as razões. E não quero dizer as emoções salutares, edificantes, mas emoções que atendem apenas aos desejos materiais.

 

 

MARCOS – Segundo a DOUTRINA ESPÍRITA a “FÉ RACIOCINADA”  é o caminho que leva a verdade. Você acredita que ninguém adquire essa FÈ sem ter passado pelas tribulações da duvida sem ter padecido as angustias que obstam o caminho?

 

 

R: A fé está intimamente atrelada à evolução do Espírito e esta, à medida que acontece, vai o Espírito vivenciando inúmeras experiências boas e más e em todas elas vai aprendendo e crescendo, mesmo que não perceba. A fé acompanha este processo de aprendizado, crescimento e, por conta disso, com certeza passa pelas fieiras da dúvida. Será que, nos estágio evolutivo que nos encontramos nossa fé já está totalmente solidificada? Não sofre momentos de dúvidas? Fica a pergunta para que cada um de nós reflita.

 

Campanha AJUDA UM MORADOR DE RUA - Administradores MARCOS CUNHA e sua esposa NEIDE.

 

Marcos -  A Doutrina Espírita ou melhor a “Filosofia dos Espíritos” nos oferece uma FÉ RACIONAL  robusta. O conhecimento do mundo “invisível” o conhecimento numa lei superior de justiça e progresso imprime uma FÈ com duplo caráter de calma e confiança. O que podemos temer quando sabemos que o Espírito é Imortal?

 

R: A nós mesmos! O Espiritismo nos mostra caminhos e nos dá a certeza no porvir, mas é a nós mesmos que devemos temer. Muitas vezes creditamos nossos erros a processos externos, o que não corresponde à verdade. É em nosso íntimo que estão as ferramentas para nosso crescimento espiritual ou para nosso atraso moral. Conhecer a imortalidade do Espírito não é garantia de que não mais erraremos. Portanto, ainda é a nós mesmos que devemos temer.

 

MARCOS – A presunção e  se confundem?  A verdadeira se conjuga com humildade, aquele que a possui deposita mais confiança em DEUS do que em si próprio, por saber que, simples instrumento  da vontade divina, nada pode sem DEUS. Por isso os bons Espíritos lhe vêm em auxilio. A presunção é menos que FÈ do que orgulho, e o orgulho é sempre castigado cedo ou tarde, pela decepção e pelos malogros que lhe são infligidos?

 

 

R: Muitas vezes se confundem sim. A presunção retrata apenas a suposição que se tem por verdadeira de algo, até prova em contrário e a fé a convicção da verdade naquilo que se acredita, mas, ambas podem sim confundirem-se tendo se a fé não estiver alicerçada no conhecimento. Lembro-me de um personagem ímpar no Espiritismo, Chico Xavier, que detinha uma fé tão grande que creditava tudo de sua vida à bondade Divina. E sua humildade estava a ponto de ele não se ver como humilde. Aliás, quem é realmente humilde não sabe que é, apenas o é. Não fica falando aos quatro ventos que “é humilde” e sim vive na humildade, sabendo de sua pequenez ante a vida.

 

 

Marcos – O poder da FÈ se demonstra, no modo direto e especial, na ação magnética. O homem  por seu intermédio, atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá um impulsão por assim dizer irresistível.  Daí decorre que aquele de poder fluídico junta ardente FÈ por sua vontade dirigida para o bem a operar fenômenos de cura. Mas não passam de uma lei natural. Tal o motivo por que Jesus disse a seus apóstolos: se não o curastes, foi porque não tínheis fé?

 

 

R: Se resolvemos seguir uma profissão, seja ela qual for, e não acreditarmos nela poderemos ganhar nosso sustento, mas nunca seremos bons profissionais. Assim acontece nos trabalhos de fluidoterapia. Embora um fenômeno natural, se o médium atuante neste tipo de trabalho espiritual não acreditar no que faz, não acreditar que benfeitores espirituais estão ali sustentando-o no trabalho e não ter fé em Deus e nele próprio, não alcançará o sucesso possível.

 

 

MARCOS - Do ponto de vista religioso, a fé consiste na crença em dogmas especiais, que constituem as diferentes religiões. Todas elas têm seus artigos de fé. Sob esse aspecto, pode a fé ser raciocinada ou cega. Não considerando a evidência e a razão. Pode levar ao fanatismo?

 

 

 

R: Claro, e é o que constantemente vemos em diversas religiões. O fanatismo é o primeiro sinal da ignorância religiosa do indivíduo. E isto pode acontecer e acontece em todas, inclusive no Espiritismo. O fanatismo cega a razão e a pessoa passa a interpretar os conceitos de sua religião a seu modo, da maneira como lhe convém. E muitos maus dirigentes religiosos aproveitam-se destas pessoas para auferirem vantagens para si. Devemos sempre passar tudo pelo crivo de nossa razão, como assegurou Kardec e orar sempre pedindo a orientação segura para nossa interpretação religiosa.

 

MARCOS – No caso aqui presente de adotarmos como paradigma a DOUTRINA ESPÍRITA, temos a responsabilidade diante do Senhor de sustentar seu testemunho. Para isso precisamos uma vida de privações para que não sejamos desaprovados em nossas obras?

 

 

R: Não, não creio que seja necessária uma vida de asceta para sermos aprovados em nossas obras. Se assim fosse, todo aquele que vive na miséria seria um Espírito de grande evolução e, sabemos que este não é o caso. Também existem pessoas detentoras de grandes recursos financeiros que sabem muito bem dividir estes recursos em benefício de muitos. Não nos enganemos. O que aprova ou desaprova nossas obras, são nossas atitudes morais, boas ou más, a maneira como nos portamos na vida.

 

 

MARCOS – Em matéria religiosa, razões respeitáveis detém preciosas possibilidades que cada crente possui e que devem ser aproveitadas no engrandecimento da vida e do tempo, glorificando o Pai. Quando porém a criatura guarda a benção do céu e nada realiza de bom em favor dos semelhantes está se precipitando no inferno da sede e da fome tal qual o avarento pensando somente em si. Está escondendo a riqueza que Deus lhe emprestou. Por isso a FÉ que não ajuda, não instrui, não consola, não passa de escura vaidade do coração?

 

 

R: Isto nos lembra da “Parábola dos Talentos”. Em vez de fazermos render os talentos que Deus coloca à nossa disposição, acabamos por enterrar estes talentos, estas oportunidades que nos é ofertada para fazermos render frutos em benefício dos outros e de nós mesmos. E aí, claro, fica a pergunta: “de que adianta a pretensa fé que dizemos ter se nem ao menos fazemos com uso dos recursos que a vida nos proporciona”?

 

 

MARCOS – "O homem é o fundamento, a causa e o fim de toda benemerência calcado naquilo que acredita."

 

Está em suas próprias mãos compreender a sua própria perfeição e o progresso adquirido, integrando-se nos seus múltiplos aspectos.

 

O de mostrar-lhe que a mente e o corpo como preconiza o velho adágio latino, não é uma simples relação de complementaridade, mas se interpenetram e se harmonizam.

Unem-se indissoluvelmente a um imponderável espiritual, forjando a sua personalidade

 

Leis não escritas, como a de fazer o bem e evitar o mal, regem o destino superior daqueles que realmente buscam no próximo o seu próprio destino, na seriedade da conduta, da ética, e também num sentimento maior de religiosidade.

 

 

É exatamente isso, que alguns homens de bem, deixam consignados os princípios fundamentais que norteiam a atividade "espírita".

 

Calcados nos mais desinteressados caminhos da imparcialidade, não fazendo do seu "balcão" ou da sua filosofia "mercadoria".

 

“Tens fé? Tem-na em ti mesmo, diante de Deus.” — Paulo. (Romanos, capítulo 14, versículo 22.)

 

FÉ nunca será um produto mercadológico?

 

 

MARCOS – Discorra sobre o texto.

 

 

 R: O homem desde que se encontra na Terra busca seu crescimento, mesmo que involuntariamente. Em suas idas e vindas entre a matéria e a espiritualidade, angaria erros e acertos, mas continua em frente, empurrado por uma força motriz Divina que, se permite que muitas vezes ele estacione, também coloca à sua disposição as ferramentas necessárias para seu crescimento. O homem é o arquiteto de seu próprio destino. Cabe a ele trabalhar no alicerce de sua maior obra, sua vida! E para isso não lhe falta a ajuda da espiritualidade. O que ainda lhe falta é a determinação em crescer e buscar alcançar planos maiores da evolução. E para isso ele precisa enraizar sua fé e cultivar valores morais. Quando? Agora! Onde? Em qualquer lugar! Com quem? Com quem ele estiver! E nós, espíritas, temos grande parcela de responsabilidade neste processo, pois já conseguimos receber e compreender melhor muitas das verdades espirituais. Não dá mais para alegarmos desconhecimento, ignorância. A hora é agora. Hora de nos posicionarmos, hora de buscarmos valores éticos e morais elevados e, através de nosso exemplo, semearmos o bem por onde passarmos. Trabalharmos na Seara de Jesus como os mais humildes trabalhadores de sua vinha, com a fé necessária e tão importante para nós. Fé com obras, o caminho para nossa cura espiritual.

Finalmente, gostaria de dizer que

 A vida deve ser pautada pela busca dos tesouros espirituais da amizade verdadeira, do amor cultivado, paz de Espírito e a caridade vivenciada.

Somos Espíritos temporariamente na carne.

Vivamos a vida buscando lealdade, sinceridade,, união e amparo fraterno, deixando de lado o pessimismo, a cólera, impaciência, amargura e intolerância.

Sejamos amparo e não estorvo na vida das pessoas.

Lembremos que “A MARCHA EVOLUTIVA É DE TODOS, MAS A ESCOLHA DA ESTRADA É DE CADA UM”.

Muita paz a todos.

 

 

MARCOS, O prazer de entrevista-lo não só consolida nossa amizade como estabelece entre os afins o conhento adquirido através de acurado estudo e divisionamento daquilo que nos pareça mais convincente a nossa Inteligência.

As suas considerações é o registro a todos que juntos percorrem sua trajetória na divulgação da DOUTRINA ESPÍRITA que a faz com tanto zelo e carinho......Louren Junior

 

NOSSA PARCELA palestra MARCOS CUNHA na Casa do Caminho Santana.

 

Amigos (as)! Aqui a lembrança de Daniel Sielbert compositor Espírita - no FUTURO

 

ENTREVISTA ....com MARCOS CUNHA – VOCÊ  SE IMPORTA COM A FÉ DOS OUTROS! ..........por Louren Junior