ENTREVISTA........COM MARIA LÈA MUNIZ – A PRÁTICA CARITATIVA, A QUAL SE DESTINA – ONTEM E HOJE?.....por Louren Junior.

21/11/2014 17:20

ENTREVISTA........COM  MARIA LÈA MUNIZ – A PRÁTICA CARITATIVA, A QUAL SE DESTINA – ONTEM E HOJE?.....por Louren Junior.

 

Lourenço Rendesi Junior - Currículo

 

https://lourenjunior.webnode.com.br/curriculum/

 

Entrevistada MARIA LÉA MUNIZ

 

 

 CURRICULO

 

MARIA LÉA MUNIZ, Técnica de Enfermagem. Maior tempo de sua vida dedicada a Assistência Social. Trabalhos sociais realizados:  VOLUNTARIADO no Hospital NINA RODRIGUEZ – CAPS,  pessoas com Deficiência Física, Hospital ALDENORA BELO – Hospital do Câncer – Todos em S. Luís MA, Trabalho Social junto as crianças na periferia de S. Luís MA durante 12 (doze) anos, Trabalho comunitário junto as famílias voltada a idosos à domicilio.

 

MARIA LÉA como se interessou pela Doutrina Espírita. Tenho acompanhado sua trajetória nos meios de comunicação notadamente na INTERNET  nas Redes Sociais e noto a sua preocupação com o próximo nas suas lamurias, sempre dando uma palavra de coragem e perseverança.

 

R. O meu interesse partiu quando em dado momento encontrei por acaso o Livro dos Espíritos. Dai em diante com a leitura fui me aprofundando e procurando de alguma forma entender e praticar. E a experiência no trabalho de campo me deu uma visão maior como entender o próximo, e entender também que somos sempre aprendizes.

 

MARIA LÉAQuando pronunciamos a palavra CARIDADE vem à mente a ideia de uma pratica religiosa que tem por finalidade a assistência material e espiritual aos mais pobres da sociedade. Você entende que só a Pratica Religiosa leva a caridade?

 

R. Não. Na atualidade fora do conceito Religioso se pratica a CARIDADE através de órgão governamental ou não Governamental as ONGS. Que também estabelecem um elo positivo quando voltadas diretamente a suprir as necessidades mais prementes no campo social.

 

MARIA LÉA – Vamos nos ater a RELIGIOSIDADE. A RELIGIÃO como prática CARITATIVA não esbarra em conflitos, que ocorrem nos demais campos, econômico, politico, social e cultural?

 

R. Não ela não se encontra em esfera isolada. Ela segue o movimento, que se processam nos demais campos. É bem verdade que este movimento se dá de forma lenta e gradual, porque interfere em valores subjetivos, individuais e coletivos.

 

O amor cabe onde não tem espaço.

 

MARIA LÉA – A ajuda aos excluídos dos bens materiais promovida por uma ação RELIGIOSA, já vem de longa data. Verifica-se que desde sua expansão na EUROPA a CARIDADE foi pregada como valor a ser cultivado para quem desejava a  salvação?

 

R. Não teve como fundamento somente o amor ao próximo em situação de extrema pobreza, mas também teve como finalidade AMPLIAR, FORTALECER e LEGETIMAR A HEGEMONIA POLITICA e ECONOMICA DOS BISPOS DA IGREJA, bem como CONTROLAR os POBRES, que poderiam tornar-se uma PERIGOSA FONTE DE TENSÕES SOCIAS.

 

MARIA LÉA – Com a adoção do Cristianismo pelo Ocidente e a incorporação da Igreja ao IMPÉRIO ROMANO como RELIGIÃO OFICIAL e o fortalecimento da IGREJA na ingerência do ESTADO como a assistência aos necessitados isso possibilitou minimizar a aparente tensão social?

 

R. A IGREJA tornou-se mediadora entre reis, nobres, camponeses e pobres. Ela que distribuía os bens materiais, e controlava os sacramentos e a remissão dos pecados de alguma forma com a construção de hospitais e abrigos seu fortalecimento politico e econômico crescia. Dai a atuação dos Bispos junto aso excluídos não arrefeceu notadamente junto aos Centros Urbanos.

 

 

Compartilhar com Eventos que envolvem crianças como FEIRA DE CIÊNCIAS, estimulam o desenvolvimento dos talentos inerentes a cada uma.

 

MARIA LÉA –  Com a eclosão dos movimentos RELIGIOSOS e a fundação de novas IGREJAS nos Países em que a REFORMA PROTESTANTE teve enorme repercussão, como se portou a CARIDADE também seria um meio para a salvação?

 

R. Não as IGREJAS NASCENTES como a LUTERANA e a ANGLICANA as que vieram no rastro METODISMO na área social voltaram-se majoritariamente para a EDUCAÇÃO, com a fundação de escolas para crianças e adolescentes e universidades. A dedicação a DEUS a vocação seria alcançada pelos valores pregados nestas sociedades e a EDUCAÇÃO seria  o instrumento para esse fim.

 

MARIA LÉA – Voltando para nosso BRASIL também a assistência social  se fez através da  IGREJA com a manutenção de ALBERGUES e SANTA CASA seja por meios de seus fieis ou de associações mantidas por ela?

 

R. Cabe frisar que a situação econômica e social do País não interessava a IGREJA sua preocupação era ampliar  a área de influencia entre as classes dirigentes.

 

MARIA LÉA – E o papel do ESTADO notadamente no período durante e após VARGAS com a ampliação da reforma  trabalhista e social e uma atenção maior na área social e assistencial?

 

R. Para isto mais uma vez o ESTADO convocou a IGREJA como suporte com sua experiência, visando a manutenção da ordem com discursos paternalistas e autoritários, e visando principalmente evitar os conflitos ente grupos sociais.

 

MARIA LÉA – Com o exposto acima ficou patenteada a diferenciação entre as IGREJAS CRISTÃS (Católica) e PROTESTANTES, a primeira adotou novas práticas como Juventude Operária Católica, Juventude Universitária Católica, Congregados Marianos, Filhas de Maria, essas praticas ensejavam novos e diferentes discursos religiosos. As demais continuavam como meta a EDUCAÇÃO?

 

R. Sim. E até hoje mantém o mesmo critério de atuação. Em conversa com PASTORES de IGREJAS PENTECOSTAIS, quanto a existência de indivíduos e famílias pobres, tudo a leva a crer que a concepção dos LIDERES das IGREJAS são semelhantes, isto é, que a pobreza e individual a ideia de que tem mais movido pelo EGOISMO, pelo anseio do ganho fácil, quanto do que nada tem, porque falta-lhe vontade e preparo para enfrentar e viver em comunidade.

 

MARIA LÉA – Nesse INTROITO temos uma síntese do que ocorreu e vem ocorrendo quando falamos da CARIDADE entre os vários setores da sociedade envolvida que no aspecto RELIGIOSO TRADICIONAL e o ESTADO.

 

MAS SE TRATANDO DE DOUTRINA ESPÍRITA, você como atuante e experiente nas áreas que atuou o que  nos tem a informar?

 

 

Visita  ao Centro Espírita Educacional e Assistencial LUZ, CARIDADE E AMOR.

 

 

R. As práticas CARITATIVAS perpassam a Doutrina Espírita, construindo um modelo no qual a assistência está presente em suas diversas possibilidades. Assim sendo, o apoio social entra em cena para explicar a lei de CAUSA e EFEITO, bem como a REENCARNAÇÃO, justificando as diferenças sociais e a justiça divina. Cabendo aos seus adeptos suprir as necessidades daqueles que buscam no CENTRO ESPÍRITA apoio e amparo para seus males, individuais e sociais.

 

Na percepção espírita, o fenômeno social tem suas bases no fenômeno ESPIRITUAL, não existindo a separação entre as duas realidades. Para tanto a alternativa para a resolução dos problemas sociais está na transformação moral do homem e da sociedade, o que significa que os problemas sociais, na sua essência, são problemas morais. Assim, para Kardec: “o progresso é uma sucessão de fatos morais e sociais determinados pelas relações entre o elemento espiritual e o elemento material”.

 

MARIA LÉA – A DOUTRINA ESPÍRITA, por conseguinte traz nova LUZ a assistência social embasando a responsabilidade no preceito da CARIDADE?

 

R. Sim. Fundamentando a prática da fraternidade enfatizada nos capítulos X, XI, XII, XIII e XV de O Evangelho segundo o Espiritismo, e em duas perspectivas a espiritual: representada através da “Fé, Esperança e Caridade” e a material, pelo “Trabalho, Solidariedade e Tolerância”. O marco inicial na prática de assistência foi a campanha promovida por Kardec, por meio da Revista Espírita do mês de janeiro de 1863, para arrecadar recursos destinados aos operários e suas famílias, vitimados por rigoroso inverno.

 

MARIA LÉA – A prática da CARIDADE  no que acaba de relatar, segundo a DOUTRINA ESPÍRITA quer dizer-nos que o homem torna-se um instrumento FRATERNO e SOLIDÁRIO na sua acepção mais profunda da prática?

 

R. "Para o Espiritismo o homem é um ser social e, portanto, ensina-o a ser solidário com a sociedade em tudo que tenda ao seu melhoramento, à maior justiça e bem-estar de todos e de cada um. Ainda que explique a razão de ser de muitos males individuais e sociais, baseando-se na lei de causalidade espírita – o que não significa justificá-los."

Para emoldurar o texto um pensamento do Louren Junior criador e responsável pelo Site: Louren Junior – A DOUTRINA ESPÍRITA ao alcance de todos.:  “SE CADA UM REPARTIR O BASTANTE, HAVERÀ O SUFICIENTE PARA TODOS.”

 

MARIA LÉA, a felicidade vai à busca daqueles que procuram, através de um dialogo franco e honesto, instrumentos para melhorarem-se e sem favor suas palavras e discernimento me coloca a disposição, para uma apreciação mais justa e correta com meus princípios cristãos.

Afora o prazer de compartilhar contigo minhas venturas de conviver harmonicamente, buscando aquilo que todos almejam momentos de entendimento, pois a VIDA É CONTRUIDA POR MOMENTOS esse nosso MOMENTO.

 

MARIA LÉA, deixe aqui suas considerações e palavras de carinho para nossos amigos leitores..............................

 

Lourenço foi um prazer enorme ser ENTREVISTADA por você. Sua amizade desponta como alternativa para essa oportunidade, mas além a troca de experiências pontua como acumulo dos princípios que adotamos. E mais além como admiradora vou grifar o seu slogan: “A DOUTRINA ESPÍRITA não é uma aventura.”

E sempre desejando aos queridos amigos que VALE a PENA, estudar e vivenciar a DOUTRINA ESPÍRITA, não só pelo conforto e solidariedade, mas como meio de afirmação de princípios e atitudes mais coerentes com nossa condição de viventes.

..........MARIA LÉA MUNIZ.

 

Por conta do ENTREVISTADOR texto de MARIA LÉA MUNIZ:

 

VALORIZAR!


Muitas pessoas às vezes se acham tão importantes que perdem a humildade com as demais. No dia de hoje trago uma mensagem para refletirmos que todos possuem seu grau de importância, independente de qualquer coisa.

Reflitam!!!

Um exemplo significativo  entre vários vou cita-lo este somente:- Qual o primeiro nome da senhora que presta serviço em sua casa?

- Sinceramente isso parece piada. Estou com ela o tempo todo, alta magra, com seus 50 anos. Mas como saber o primeiro nome dela?

“Na sua vida você encontrará muitas pessoas”.
Todas têm seu grau de importância. Elas merecem sua atenção mesmo que seja com um simples sorriso ou um simples "alô".

Muito bem. REFLITA se perguntassem a importância dos membros de seu vinculo familiar como UMA MÃE?

Você saberia responder?

Amigos!! Todos nós possuímos nosso grau de importância, todas as pessoas devem ser respeitadas, todos sem distinção de cor de raça  afinal a vida são momentos curta com galhardia notadamente sua MÃE ai sim sua energia vai juntar-se é um elo maravilhoso vai ocorrer de todas as partes e tudo irá fluir muito melhor.

 

,,,,,,,,,,,,,,,de MARIA LÉA MUNIZ – 19/11/2014

 

 

 

Por conta do ENTREVISTADOR texto de MARIA LÉA MUNIZ: